segunda-feira, 28 de novembro de 2011




O Socorro e a Emergência sempre foram aptências na minha vida, sempre me voluntariei para apoiar pessoas em situações de emergência, catástrofe ou simples necessidade. Tanto eu humilde socorrista, como os meus camaradas temos no ADN esta tendência humanitarista e assistencial, chama que permanece acesa por mais compromissos profissionais que tenhamos, por vezes com grave prejuízo familiar e pessoal. Há quem nos chame tolos ou quem não compreenda esta vocação que nos leva a abandonar a familia para estender a mão a quem precisa. A desprezar convívios pessoais e familiares para passarmos horas, por vezes dias contínuos em apoio de causas humanitárias e sociais.
A transportar ou socorrer doentes, estar presente para socorrer em eventos e manifestações em que por vezes as pessoas desdenham, desvalorizam, menosprezam, quem pareçe estar ali de corpo presente porque deve ser "doido" ou "gosta de mostrar a farda".
Esta predisposição para o socorro e para a análise do risco, coloca-nos muitas vezes em confronto com alguns profissionais que de socorrismo e humanitarismo só possuem o aspecto mercenário de receber ao fim do Mês. Aceito que nos digam que estão mais bem formados, preparados, rotinizados, mas não afirmem que são melhores que nós, porque em nós corre nas veias a tendência para o socorro e apoio humanitário sem recompensa, tanto mais que grande parte de nós tem outras profissões o que nos permite uma independência de visão e a análise pluridisciplinar e multifacetada da realidade da emergência e socorro.
Se há conceitos importantes apreendidos nesta área da emergência e socorro, um dos fundamentais é aquele que nos mostra que a abordagem das situações é holista, generalizada, encarando o socorro como acto de suporte básico de vida, manutenção condições assistênciais e reparação dos danos por forma a serem restauradas as estruturas e rotinas básicas de vida humana.